Um artigo de revisão publicado na Nature Sustainability - volume 2, pages 569–579 (2019) - intitulado: Ozone depletion, ultraviolet radiation, climate change and prospects for a sustainable future - de autoria de Paul W. Barnes, Craig E. Williamson, […]Richard G. Zepp, discute o atual estado da camada de ozônio (Fig 1) e seus impactos no aquecimento global, o artigo ressalta a importância e os avanços trazidos pelo protocolo de Montreal.
Em resumo, o artigo discute que:
"Mudanças no ozônio estratosférico e no clima nos últimos 40 anos alteraram as condições de radiação ultravioleta solar (UV) na superfície da Terra. O esgotamento do ozônio também contribuiu para as mudanças climáticas em todo o hemisfério sul. Essas mudanças estão interagindo de maneiras complexas para afetar a saúde humana, a segurança alimentar e hídrica e os serviços ecossistêmicos. Muitos efeitos adversos da alta exposição à radiação UV foram evitados graças ao Protocolo de Montreal com suas emendas e ajustes, que controlaram efetivamente a produção e o uso de substâncias que destroem o ozônio. Este tratado internacional também desempenhou um papel importante na mitigação da mudança climática. A mudança climática está modificando a exposição aos raios UV e afetando a forma como as pessoas e os ecossistemas respondem aos raios UV; esses efeitos se tornarão mais pronunciados no futuro. As interações entre o ozônio estratosférico, o clima e a radiação UV irão, portanto, mudar com o tempo; no entanto, o Protocolo de Montreal continuará a ter benefícios de longo alcance para o bem-estar humano e a sustentabilidade ambiental."
A Ciência que nós fazemos recomenda a leitura dessa revisão, muito importante para todos nós.
Fig 1. A barra colorida na figura indica a quantidade de unidades Dobson, ou seja, quanto ozônio tem na área. Como podem ver há uma diminuição significativa, principalmente sobre a Antártida, onde se forma o buraco na camada de ozônio.