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  • Foto do escritorKleber Del Claro

Extinção: podemos achatar a curva e salvar a biodiversidade?



O que difere a Terra, dos milhares de outros planetas que já descobrimos em nossa galáxia e em outras do universo? ...

A possibilidade de VIDA!

Uma vida diversa, maravilhosa, na terra, no ar, no mar, em rios, lagos, montanhas, cavernas. Até mesmo dentro de cada um de nós, e onde não podemos ver, ou imaginar, ela está lá, VIDA.

São mais de 9 milhões de tipos de plantas, animais, protistas, fungos, etc.

Seja um minúsculo protozoário ou uma gigante baleia azul. Uma larva de besouro rastejante, por entre raízes de plantas, ou um beija-flor adejando e colhendo néctar em uma linda flor do seu jardim. A VIDA está em toda parte, em todo lugar.

Mas nós, humanos, mais de sete bilhões de indivíduos, privilegiados com tanta diversidade e abundância de VIDA, não valorizamos essa maravilha que nos cerca, não como deveríamos!

Porque não adoramos a VIDA, um privilégio que o universo em seu infinito nos concedeu?

A ação humana, em seu pouco tempo na Terra, em menos de 300 mil anos, mais propriamente de 3 mil anos até o presente, mostra-se devastadora sobre a Terra e sua VIDA maravilhosa.

Somos responsáveis pela extinção de milhares de outras espécies. De plantas que nem sabemos o nome a mamíferos gigantes como mamutes, alces, ursos, baleias, vacas marinhas, peixes, aves, insetos, uma lista enorme. Por predação e exploração exacerbada, ou escravização das espécies, nós tornamos a populações de muitas delas, geneticamente incapazes de se manter no ambiente.

O resultado, a extinção.


Será da natureza humana a busca da solidão?


Não creio. Penso que somos apenas mal educados, ainda muito jovens e ignorantes, pois não prezamos como deveríamos nem mesmo o nosso próximo, a nossa espécie.


Poluição de rios, lagos, mares. Contaminação e desertificação de solos. Um ar irrespirável em muitas partes do planeta. O preço do nosso progresso.

Aquecimento global, faz tempo que colaboramos com ele.

Nitidamente os poluentes que produzimos afetam a camada de ozônio, aumentam a espessura dos gases atmosféricos que aquecem a Terra, provocando as mudanças climáticas drásticas que vemos hoje, em várias partes do mundo e já estamos poluindo o espaço que nos cerca. Estima-se que tenhamos mais de 19 mil pedaços de foguetes, satélites, parafusos, girando na órbita de nosso planeta.

O conjunto de nossas ações está acelerando a curva das extinções de espécies. Ecossistemas inteiros estão ameaçados. O Cerrado, em vinte anos, não mais existirá. Assim como as savanas africanas, seus elefantes, rinocerontes e tudo o mais. Apenas fragmentos esquecidos pela expansão agropecuária e das cidades. A Mata Atlântica, da qual temos menos de 8%, será transformada toda em condomínios privados e empreendimentos imobiliários? Nos lembraremos dos mangues, onde nascem os mares? A Amazônia vai virar uma pilha de madeira, soja e uma imensidão de bois?

Juntamente com cada metro quadrado de natureza perdida, milhares de espécies se vão. Sim, milhares, pois a maioria da VIDA, você não vê. São microrganismos que reciclam a matéria, reciclam a VIDA, nos solos, na água.


Mas ouso dizer que não está tudo perdido. Nós ainda temos uma chance. Podemos achatar a curva de extinções e com isso ganhar tempo, para recuperar algumas espécies, impedir o desaparecimento de outras, preservar cadeias tróficas e redes de interações ecológicas ainda funcionais. Disso depende a sobrevivência de nossa espécie.


Nós só precisamos dar alguns passos, de coragem. Vou listar alguns, muitos outros vocês podem descobrir e incluir na lista. Pense! Você é um de nós. Nós podemos mudar a história da Terra. Uma utopia? Você não está só. Vamos...

...deixar de ser tão consumistas. Controlar nossa ganância, avareza e gula;

...aprender a dividir, compartilhar e com isso exercer o verdadeiro amor ao próximo. Não se pode ter dez refeições ao dia, enquanto em algum lugar alguém nem água potável tem para beber;

...reciclar, reutilizar, desenvolver atitudes ecologicamente corretas, economicamente viáveis, socialmente justas e culturalmente diversas. Reciclar não apenas nosso lixo, mas a água, é fundamental;

...diminuir o consumo de carne, especialmente vermelha. Não há como continuarmos a produzir tantas vacas e bois. O ambiente simplesmente não suporta mais;

...adotar de fato energias renováveis, que não poluam a água, o ar e os solos. Isso é possível, tecnologia já temos, só precisamos mudar o mundo econômico;

...globalizar de fato o planeta, com a busca do fim das desigualdades, e estabelecer zonas de preservação ambiental com respeito internacional, santuários ecológicos que preservem não apenas florestas, mas estuários, mangues, deltas de rios, reciclando todo e qualquer esgoto e impedindo a poluição dos rios e mares;

7) Dar voz e vez a ciência, em todas as suas formas. Respeitando a quem estuda e busca soluções para o bem comum;


Por fim, precisamos entender, que não apenas podemos achatar a curva das extinções de espécies, mas devemos fazer isso. É imperativo que o façamos!

Pois nós, como espécie, também estamos na linha das extinções.

Achatar a curva, significa ter mais tempo para nós mesmos.



Kleber Del Claro é cientista e professor universitário.

Pesquisador 1A do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico desde 1996. Membro do Conselho Científico do W.H. World Ecology Center, USA. Autor de 188 artigos científicos completos em revistas indexadas internacionalmente, Editor de livros internacionais e de um enciclopédia pela Unesco – Nações Unidas para Educação, ciência e cultura.








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