Pesquisadores da Universidade de Oxford na Inglaterra mostraram que 2.104 pacientes graves, tratados com Dexametasona, se recuperaram da COVID-19, recebendo 6mg diários da droga por via intravenosa. O teste que envolveu no total mais de 6.500 pacientes parece, enfim, ter lançado uma luz no tratamento de pacientes em estado grave dessa nova e desconhecida doença.
O site da Universidade traz as informações completas e originais:
"A dexametasona reduziu as mortes em um terço nos pacientes ventilados (razão de taxa 0,65 [intervalo de confiança de 95% 0,48 a 0,88]; p = 0,0003) e em um quinto em outros pacientes recebendo apenas oxigênio (0,80 [0,67 a 0,96]; p = 0,0021) . Não houve benefício entre os pacientes que não necessitaram de suporte respiratório (1,22 [0,86 a 1,75; p = 0,14)".
Este número "p = 0,0003" indica que os resultados tem confiança estatística com uma probabilidade de estarem certos de mais de 99,99%, ou seja, tomar o medicamente, de fato, fez diferença.
Peter Horby, professor de doenças infecciosas emergentes do Departamento de Medicina de Nuffield, Universidade de Oxford, e um dos principais cientistas envolvidos nos testes, disse: ‘Dexametasona é a primeira droga a ser mostrada para melhorar a sobrevida no COVID-19. Este é um resultado extremamente bem-vindo. O benefício de sobrevivência é claro e grande naqueles pacientes que estão doentes o suficiente para necessitar de tratamento com oxigênio; portanto, a dexametasona deve agora se tornar padrão de atendimento nesses pacientes. A dexametasona é barata na prateleira e pode ser usada imediatamente para salvar vidas em todo o mundo. '
Esse medicamento deve ser usado somente em casos graves.
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O principal conselheiro científico do governo do Reino Unido, Sir Patrick Vallance, disse: 'Esta é uma tremenda notícia hoje do julgamento Recovery, mostrando que a dexametasona é a primeira droga a reduzir a mortalidade por COVID-19. É particularmente emocionante, pois é um medicamento barato e amplamente disponível. Este é um desenvolvimento inovador em nossa luta contra a doença, e a velocidade com que os pesquisadores progrediram na busca de um tratamento eficaz é realmente notável. Isso mostra a importância de realizar ensaios clínicos de alta qualidade e basear as decisões nos resultados desses estudos. '